Olho-te, amigo, compenetrado,
penso o quanto já foste amado.
Por onde vaga tua nobre mente?
Deve ser em escrever somente?

Veja, caro, bem aqui ao teu lado,
outra caminhante do versado.
Brinca e vive tão sofregamente,
as palavras que magicamente

alternam entre a dor e a alegria,
o prazer de viver hoje feliz
e o amanhã sempre uma surpresa.

Nada que se espere no dia a dia
ou o que ao meu destino não condiz,
mas me conceda suave beleza.

Re Fernandes